- 25% (a correr bem) desses 1000 Euros, vão para o Estado, sob a forma de IRC, ou seja, 250 Euros.
- Outros 25% dos 1000 Euros, vão também para o Estado sob a forma de pagamento por conta dos lucros do ano seguinte, que este pressupõe que a empresa venha a ter, ou seja, mais 250 Euros.
Após isto, sobram 500 Euros dos 1000 originais.
Partindo do princípio que a empresa decide distribuir pelos seus sócios esses 500 Euros, vejamos o que acontece:
- 20% desses 500 Euros, vão para o Estado sob a forma de IRS, ou seja 100 Euros.
Após o que restam 400 Euros.
Atendendo a que os sócios irão, certamente, utilizar esses 400 Euros para adquirir bens de consumo, na sua maioria à taxa de IVA de 21%, temos que:
- 63,40 Euros vão para o Estado sob a forma de IVA que está incorporado nos bens comprados pelos 400 Euros.
Feitas as contas finais, chegamos à conclusão que dos 1000 Euros, o Estado ficou com 663,40 Euros (66,3% dos lucros).
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Perante isto, o que dizer ?
Eu, pessoalmente, defendo que as empresas apenas deverão pagar IRC (Imposto sobre os seus lucros), em duas circunstâncias:
- Sobre o valor dos lucros que distribuam pelos seus sócios.
- Sobre o valor dos lucros que não reinvistam.
Por outras palavras . Caso uma empresa apresente lucros mas não os distribua pelos seus sócios e no exercício seguinte aquele em que os obteve, efectue investimentos iguais ou superiores ao lucro obtido, não deve pagar IRC.
Desta forma, potencia-se a capitalização das empresas e consequentemente a sua capacidade em investir.
Só com investimento se pode ultrapassar a grave crise económica que atravessamos.
Só com investimento podemos aumentar o nº de postos de trabalho e por conseguinte diminuir o desemprego.
Só com investimento podemos gerar, no fundo, riqueza que possa interromper o ciclo vicioso em que caiu a Economia Nacional.
A que temos assistido ? Precisamente ao contrário.
Se não vejamos:
- Assiste-se ao aumento da carga fiscal , logo...
diminui a confiança dos agentes económicos e o investimento.
- Assiste-se à diminuição do investimento, logo...
aumenta a dificuldade em gerar riqueza, em dinamizar a economia e em gerar postos de trabalho.
- Assiste-se a uma grande dificuldade em gerar riqueza, logo...
diminui o poder de compra dos Portugueses.
- Assiste-se a um menor poder de compra dos Portugueses, logo...
as empresas têm maior dificuldade em vender os seus produtos.
- Assiste-se a uma grande dificuldade das empresas em vender os seus produtos, logo...
aumentam as dificuldades das empresas e começa a luta pela sobrevivência.
- Assiste-se a uma grande dificuldade das empresas para sobreviver, logo...
as empresas deixam de pagar os impostos, a segurança social, os salários e acabam por falir.
- Dá-se a falência das empresas, logo...
aumenta o desemprego, os problemas sociais e a despesa pública.
- Aumenta a despesa pública, logo...
mais impostos sobre os(as) poucos(as) que ainda os podem pagar ... até ao dia.
Por isso, exista coragem e interrompa-se o ciclo!
E a começar, comece-se pelas empresas.
As empresas são os motores deste grande "navio" que é Portugal que infelizmente vai sem rumo.
Sem as empresas não é possível iniciar o caminho da recuperação.
HAJA CORAGEM e ... "NÃO COMAM TUDO" !
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